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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Phoenix Ascendente": The Animals' Voice Magazine/1989

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Por Cole McFarland


"Eu nunca vou esquecer nossa visão naquela noite", lembra a estrela de cinema e ídolo adolescente River Phoenix sobre uma noite venezuelana em 1977, quando ele teve um vislumbre de sua missão na vida: a preservação da Terra.

"Nossa família se reuniu fora de nossa cabana na Venezuela, cantando sob as estrelas e sonhando com nosso futuro. Muitos dos nossos sonhos já se tornaram realidade, na verdade... e muitos outros ..." Sua voz some em um sussurro por causa de uma noite há muito distante.

A partir dessa noite, bênçãos e generosidades de todo tipo têm sido ofertadas à outrora empobrecida família Phoenix, e em onze curtos anos depois, River se tornou a mais solicitada estrela de cinema jovem do sexo masculino no país. Sua impressionante lista de participação no cinema inclui Conta Comigo, A Costa do Mosquito, Uma Noite na Vida de Jimmy Reardon, Espiões Sem Rosto, e o recém-lançado e elogiado O Peso de Um Passado.

Em um mundo no qual as estrelas de cinema são todas muito rapidamente seduzidas por sua própria fama, e são vítimas de seu próprio sucesso, River continua sendo a encarnação da inocência, fiel aos valores que são profundos dentro dele. Aos 17 anos, ele já está apaixonadamente comprometido com uma série de movimentos de afirmação da vida, incluindo os esforços para aliviar a fome no mundo, o fim do apartheid, proteger os trabalhadores migrantes, salvar os golfinhos (a quem ele chama de "os deuses dos mares"), libertar animais de laboratório, preservar as florestas tropicais e promover a vida vegan. Como vegan, ele não come e não usa produtos de origem animal.

Apesar de compaixão pelos animais ter sido a motivação inicial e permanente de River para o veganismo, ele tem uma sólida compreensão intelectual das interconexões entre a dieta à base de carne dos EUA e a fome do Terceiro Mundo, a devastação ambiental, e a alta taxa de mortalidade por câncer e doenças cardíacas na América. Ele vê o veganismo como a única coisa que todos os americanos podem fazer para ajudar a criar um mundo melhor para os seres humanos, os animais e o ambiente em que vivemos.

Amando a vida e vivendo naturalmente, perto da terra, River não vê motivos para lamentar o saudável fluxo e refluxo da vida na natureza. Quando ele fala sobre leopardos caçando antílopes, ele fala em termos de "ciclos da natureza".

Mas quando ele fala sobre a produção industrial, sua indignação moral é irresistível. "Nós capturamos esses animais e desrespeitamos completamente quem eles são", explica ele. "Nós os usamos, maltratamos eles e os prendemos por toda a sua vida ... Em seguida, vamos cortar suas gargantas, rasgá-los e comê-los! Moralmente, eu sou contra isso, eticamente, não posso justificar, e ecologicamente, é simplesmente insano. O pensamento de comer carne me faz tremer."

River, uma alma tolerante que tenta viver e deixar viver, também acredita que basta. "No que diz respeito a vestir peles, é preocupante", declara ele com uma paixão que põe toda a diplomacia de lado "é a mais grosseira, sem consideração, a mais egoísta e doentia fachada que eu posso imaginar. Eu nunca sairia com uma mulher que usasse um casaco de pele. Eu diria a ela para dar a seu casaco um funeral. "

Como uma celebridade que é amada e admirada no mundo inteiro, River promove a sua ética de afirmação da vida através de sua arte musical e cinematográfica. Ele confessa, no entanto, sua paixão pela ousadia, a intervenção direta. "Precisamos de um movimento extremo porque o que está acontecendo com os animais é extremo demais", diz ele com convicção firme. "Algumas pessoas mal informadas afirmam que os ativistas dos direitos dos animais são terroristas, mas essas pessoas são simplesmente ignorantes sobre quem são os verdadeiros terroristas - as empresas e indústrias que torturam literalmente bilhões de animais todos os anos."

Frente a este cenário de sofrimento global, nossa terra contempla Phoenix crescendo, uma estrela da manhã em um mundo à meia-noite, a aurora da consciência na próxima geração.

E então, diz-se que quando as pessoas escolhem nomes para seus companheiros animais, eles descobrem suas almas para escolher os nomes que revelam os valores mais íntimos que guardam em si. No que diz respeito a River, nada poderia ser mais verdadeiro. Ao som da seu chamado, o cachorro da família se transforma no meio do caminho e demonstra alegria sem limites ao lado de seu amigo. Enquanto o chamado anuncia uma grande brincadeira para o cachorro amado, ele também anuncia a visão que River tem dos animais em todos os lugares. "Justice, vem!" E a entrevista termina.

O tempo para Justice (Justiça) chegou.


Fonte: The Animals' Voice Magazine, em fevereiro de 1989

8 comentários:

  1. Gostei do trecho final da matéria sobre a escolha do nome do animal de estimação. Os dois que tive se chamavam Bio (vida, em latim) e Flora.Acho que isso diz muito sobre minha afinidade com as convicções a que se referiu o jornalista.
    Mais uma vez, obrigada pelo blog!

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  2. É um prazer fazer este blog...rs...

    Sabe, eu gosto muito das declarações de River sobre os animais e o meio ambiente. Ele sempre transmite uma seriedade e uma ética que não são meras fachadas. Ele se dava a tais causas com todo coração!

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  3. Femme admiro pra caramba quem faz essas campanhas a favor dos animais,isso deveria ser divulgado em praça pública,mas pelo estilo de vida do River,com certeza era pra valer,tô me esforçando pra virar vegetariana,isso é um sonho meu,quem sabe eu esteja esperando River vir nos meus sonhos e pedir isso com aquela voz linda!!!rsrsrsr

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    1. Ah, eu também adniro e desejo que muitas pessoas se comprometam com esta causa. Com certeza, o que River fazia era de coração, ele investia seu tempo e seu dinheiro no sonho de curar o planeta, e até o fim fez a sua parte.

      Quem sabe River não aparece mesmo em sonhos pra vocÊ? Sonhar não é pecado!..rs..

      Beijos.

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  4. Lendo uma entrevista como esta e vendo como ele tratava a causa, faz eu me sentir culpada por ser extremamente carnívora.
    Como eu poderia mudar isso se não suporto comer salada? Do que eu iria me alimentar ? rs
    Falando sério agora, ele era muito comprometido com a causa e se pararmos pra pensar, ele tá coberto de razão...é como ele diz, "capturamos, matamos, comemos, é insano" !.

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    1. Oi, Camila Ss

      Sabe, eu também não me tornei vegetariana, mas creio que cada ser humano encontra uma forma de expor seu lado egoísta e cruel (que todos temos). Então, essa deve ser a minha forma...rs...porque eu simplesmente AMO animais, até mais do que gente, defendo com unhas e dentes, trato muitíssimo bem, mas adoro carne. Acho que era um pouco como River com o cigarro: ele sabia, mas...

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    2. Pois é, eu também amo os animais, mas também não me vejo sem carne vermelha. E mudar um hábito é muito difícil, claro que se nos esforçarmos conseguiremos, mas nesse caso, parar de comer carne, acho meio que impossível. Quem sabe um dia, bem ... eu consegui deixar de comer açucar, vai fazer três anos que só tomo adoçante, coisa que achava fora de questão, quem sabe ...rs

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  5. Femme, estou tão agradecida por você ter criado esse blog maravilhoso! Virou rotina cada dia ler um pouquinho sobre River! E cada vez mais me apaixono por ele! Que ser humano lindo, me dói tanto quando lembro que ele não está mais entre nós!
    Esse blog é uma linda homenagem e um verdadeiro presente para os fãs de River!
    Muito obrigada de todo meu coração!

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