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sexta-feira, 29 de julho de 2011

"Ele Segue Com A Correnteza...": [Parte 2] Houston Chronicle/1988

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Por Stephanie Mansfield


 

River, por outro lado, parecia saber o que ele queria. "Eu era muito ambicioso", lembra ele. Ele começou a tocar guitarra quando tinha 5 anos e muitas vezes se juntou a sua irmã entretendo turistas na Venezuela, em hotéis e aeroportos, para ganhar dinheiro. "Muitas das canções eram religiosas e positivas. Como "You Gotta Be a Baby to Go to Heaven". Era nisso que a gente estava interessado.

Ele se inclina para trás na cadeira, deixando o cabelo cair em seus olhos. "Nós tínhamos visto alguns moradores ricos que tinham um trailler e meu pai disse: 'Quanto é que custa algo assim?" E o cara foi tipo, 'O que você está falando? Você nunca poderia pagá-lo!' E era verdade. Não tínhamos nada de nada. Vivíamos em uma cabana na praia. Ela era infestada de ratos e no teto haviam baratas voando, mas tinha bananeiras lá fora e essa era a minha realidade. Eu não era infeliz, de qualquer modo. Eu estava apenas vivendo.

"Quando criança, eu era muito espiritual. Eu tinha muita fé em Deus. Eu acreditava totalmente. Eu conhecia a Bíblia muito bem. Eu memorizei muitos, muitos, muitos versículos. Isso foi apenas uma fase que passou. Nós não somos mais assim, de qualquer modo. Usamos muito a mesma terminologia, você sabe, em como falar sobre as coisas. Você usa o termo Deus, mas o que é Deus, você sabe? Uma força universal? Um ser universal?"

A família estabeleceu uma meta, diz ele, "através de algum talento que possamos desenvolver, melhorar o mundo, ter uma influência positiva. Pensar globalmente e agir localmente, esse tipo de coisa. Isso tudo ramificou dos anos 60, tentar mudar o mundo, mas não era aquele extremo. Apenas fazer a nossa parte. Nós não queremos somente ser egoístas e ter coisas materiais e ganhar dinheiro. Nós queríamos uma fazenda, onde poderíamos ter nosso próprio jardim, um lugar agradável para crescer."

Do efeito dos Phoenixes sobre os outros, ele diz: "As pessoas nos achavam muito interessantes. Muito puros."

Pela quarta série, River caiu fora da escola. "Eu não tinha tempo, uma vez que eu estava trabalhando, ou energia", diz ele. "Eu sinto falta, mas uma parte de mim sabe que eu realmente poderia ter sido influenciado por ela. Eu tenho muitas qualidades de camaleão. Eu fico muito absorvido em tudo ao meu redor. Eu acho que é o que me ajuda na atuação, sabe, com personagens e estar em uma nova posição."

Seu talento brotou do fato de "ter que se adaptar. De se deslocar de um lugar para outro. Qualquer coisa era possível. Poderíamos estar lá e então, no dia seguinte, poderíamos ser estrelas de cinema! É muito espontâneo. Nós nos mudamos muito freqüentemente." Agora a família está vivendo em uma casa alugada em Gainesville, Flórida, e viaja muito de trailler.

"Eu tive muita diversão", diz ele. "Só que de uma maneira diferente. Eu experimentei dirigir carros e ir a festas. Isso não me atrai."

Quando ele leu o roteiro de Espiões Sem Rosto, ele pensou que era implausível. Mas ele diz que não tinha escolha. "Você está lidando com esses grandes executivos. Eles dizem: 'Isto é o que seria bom para você.' Você diz, 'OK'. Eu poderia ter dito não, mas eu teria sido um idiota total de dizer não. Nesse momento, eu poderia nunca mais trabalhar outra vez."

Ultimamente, ele diz: "Meu padrões mudaram definitivamente. Agora estou mais confiante. Posso dizer que não sinto uma paixão pelo roteiro e é isso." Fala dura. Mas afinal, o cara é um adolescente. E todos os adolescentes têm problemas. E River Phoenix não é exceção.

"Meu maior problema agora é, provavelmente, socialmente, lidando com as pessoas que eu encontro. As pessoas se sentem desconfortáveis. Elas se sentem inferior sem nenhum motivo. Elas ficam pisando em ovos em torno de você."

Às vezes, diz ele, "Eu gostaria de trocar. Seria bom não ter nada. Ser apenas flutuante, sabe?"

Um monte de meninas o consideram atraente, ele suspeita, "porque seria interessante namorar uma celebridade. Eu não sou um idiota. Eu sou uma pessoa legal, então eu posso entender isso. É difícil".

Ele limpa a garganta. "Eu tenho um monte de amigas, mas elas são amigas. Se isso se transformar em algo ... como um namoro, nós vamos ao cinema e sentamos no banco de trás, isso não depende de mim."

Achando o assunto desconfortável, ele se contorce em sua cadeira. "Acho sexo muito distorcido, e relacionamentos e amor, simplesmente tudo. Eu acho que a televisão e os filmes são uma grande parte disso. Eu provavelmente seria muito mais sociável se eu tivesse ido para a escola."

Ele ainda está namorando a atriz Martha Plimpton, que conheceu em A Costa do Mosquito e com quem trabalhou em seu próximo filme O Peso de Um Passado?

Ele se remexe novamente. "Eu realmente tenho problemas ao tentar entender o que significa namoro ou o que quer dizer namorado e namorada."

OK, dito de outra forma: Ele ainda está apaixonado?

Ele abaixa suas pálpebras. "Como você sabe que eu já estive apaixonado por Martha?" Uma pausa. "Nós definitivamente experimentamos o amor juntos. Ainda somos íntimos."

Ele diz que um problema muito maior é o seu relacionamento com homens. "Os caras são difíceis porque eu sou muito livre quanto às minhas emoções e ser honesto e um monte de caras não são assim. Eles têm esse pequeno papel que eles interpretam. Homens têm medo da sensibilidade e são paranóicos sobre toda a coisa sexual e então você recebe um monte disso."
É perguntado o nome da sua música favorita.

"Música favorita?" ele repete. A lista é derramada: "O velho XTC, o velho Squeeze, o velho Police, Split Enz, Tom Waits, (Elvis) Costello, Marvin Gaye, Sam Cooke, Joni Mitchell, a velha Suzanne Vega, um álbum dos Fixx (Reach to the Beach), um monte de jazz, não o sintetizado Flock of Seagulls, Talking Heads."

Comida favorita?

"Tofu".

Bebida favorita?

"Água."

Cor favorita?

"Azul."

Cheiro favorito?

"Pele."

Ele ri facilmente. "Eu pensei que eu estava realmente interessado em meninas com o verdadeiro visual do Médio Oriente, exótico e muito escuro." Ele faz uma pausa. "Eu vejo beleza em muitas coisas. Não é realmente o físico que me atrai. Meu gosto é muito diferente."

Autor preferido?

"Eu amo (Kahlil) Gibran. "O Profeta". "Admirável Mundo Novo" - Eu amo Aldous Huxley. E, claro, Salinger, "Franny and Zooey". Eu amo isso. É como um romance. Agora eu estou lendo um livro que eu deveria ter lido na quarta série, "The Red Badge of Courage".

Ator companheiro favorito seria, sem dúvida, Harrison Ford, que interpretou o pai não convencional de River em A Costa do Mosquito.

"Eu não sabia o que esperar no início. Ele era muito pé no chão, um homem muito lógico, um homem muito inteligente, muito educado. Prático. Ele é resistente. Ele aparenta ser psicologicamente, ele é um homem forte. Uma verdadeira figura de pai. No controle. Muito centrado. "

Ele suspira de novo. O tempo está quase esgotado. Ele queria falar sobre o mundo e a paz e o Anticristo, mas quando faz isso, diz ele, os entrevistadores se aproveitam dele. Eles o retratam como um bobo.

Ele parece tão preocupado. Como um menininho no canto de um playground. A vida é tão grande e complicada e difícil e ele é tão pequeno e especial e de alguma forma separado dos outros.

O que ele quer ser quando crescer?

River Phoenix suspira. "Eu quero ser tudo aquilo que eu evoluir. O agora vai me levar lá."


Fonte: The Houston Chronicles, em março de 1988

segunda-feira, 25 de julho de 2011

"Ele Segue Com A Correnteza...": [Parte 1] Houston Chronicle/1988

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Por Stephanie Mansfield


River Phoenix põe a mão em seu bolso e tira um pedaço de papel amarelo amassado. "Vamos ver aqui. "The Chase, Mickey One, Out of the Past, Apartament A, Double Indem ... Indem-dade?"

Seu eletrizante cabelo loiro estilo pônei Shetland cai em cascatas sobre as formas perfeitamente esculpidas do seu rosto pensativo. Ele pega uma caneta e cuidadosamente arranha algumas palavras. Ao lado de 400 Blows, escreve ele, Stolen Kisses. "Certo. Fran-so Tufo", diz ele, olhando para cima.

No papel estão os nomes de uma dúzia de filmes, clássicos, principalmente, que os adultos disseram para ele assistir. O jovem River, um adolescente de 17 anos de idade pulsando com uma longa seqüência de créditos (Stand by Me, A Costa do Mosquito, Uma Noite na Vida de Jimmy Reardon, o recém-lançado Espiões Sem Rosto e o prestes a ser lançado O Peso de Um Passado), é a estrela jovem mais quente dos filmes no circuito Stridex desde que Rob Lowe estourou, o que foi há pelo menos três semanas atrás, e padrinhos úteis estão ajudando o ator talentoso com a sua educação cinematográfica.

Ele viu algum dos filmes da lista?

"Não", diz ele, sentado na sala de conferência cinza do escritório do publicitário de Nova York. "Eu não vi nem mesmo O Poderoso Chefão." O filme Shane é mencionado, e sua jovem estrela, Brandon de Wilde, um loiro, a encarnação anterior do loiro sensível, o sensível River Phoenix. "Brandon o quê? Quantos anos ele tinha?"

Ele suspira, sorri um sorriso manhoso, tímido, o tempo todo balançando um esfarrapado [tênis] Converse apoiado em seu joelho. Esguio e lânguido, com uma disposição doce e uma desarmante franqueza, River Phoenix é o filho que você teria se você tivesse engravidado em Woodstock. Um puro bebê hippie, nascido de miçangas de amor e macramê, ginseng e encanto e uma disposição genética para salvar o mundo. Um Holden Caulfield [personagem de O Apanhador no Campo de Centeio] para a multidão de barras de alfarrobas. Um ator cujo rosto pálido-tofu apareceu no mês passado em inúmeras revistas, tais como Splice e Vegetarian Times.

Simples, imaculado, ele está apenas começando a ficar contaminado.

"Eu realmente não cresci educado na cultura americana", diz ele, explicando que ele passou seus primeiros anos na Venezuela com seus pais, John e Arlyn, que desistiram das drogas psicodélicas para participar de um recém criado grupo cristão, os Meninos de Deus. O casal assumiu o nome de Phoenix e deu aos seus cinco filhos nomes retirados do Catálogo da Whole Earth: River, Rainbow, Leaf, Liberty e Summer. Eles são vegetarianos radicais, desprezando todas as carnes e os produtos lácteos.

"Eu projeto uma inocência definitiva", diz ele. "Muito disso é apenas a maneira que eu cresci. Sendo muito humilde."

Alguma vez ele quis mudar seu nome para algo menos orgânico, como Bob?

"Na verdade, não. Eu acho que a única vez é quando você quer ser anônimo ... Houve um ponto em que quando eu tinha 15 anos, quando eu finalmente admiti para mim que eu não gostava do nome. Não que eu não gostava, mas eu estava cansado disso. Mas em algum momento, eu comecei a vê-lo completamente diferente."

Mais provavelmente quando começou a aparecer em contratos de grandes somas de dinheiro, e em luzes sobre marquises de filmes. Os Phoenixes mais velhos não trabalham. Em vez disso, eles têm cuidadosamente cultivado as carreiras de seus filhos no show business, canalizando a sua paixão por coisas sagradas para as coisas de Hollywood. River é o mais conhecido, mas Summer e Leaf apareceram em Russkies, e Rainbown fez sua estréia no verão em Maid to Order.

"Isso não aconteceu por acaso para nós", sua mãe disse a um repórter recentemente. "Nós planejamos isso."

River diz: "Mesmo que meus pais trabalhassem, eles não poderiam fazer tanto dinheiro quanto eu poderia. Não é tipo, 'isso é difícil para mim'." Ele, segundo dizem, recebe mais de 400.000 dólares por um papel.

Pouco tempo depois de John e Arlyn deixarem o grupo religioso e voltarem para a América em 1977, Arlyn levou o filho para testes. River fez alguns comerciais antes de desembarcar em um papel na série de televisão Sete Noivas para Sete Irmãos. Ele tinha 10 anos, e mais tarde apareceu na minissérie Robert Kennedy and His Times. Ele fez sua estréia no cinema aos 15 anos em Viagem ao Mundo dos Sonhos e logo foi escalado como Chris Chambers, o osso duro de roer com creme no centro, no sucesso de Rob Reiner, Stand by Me. O menino com o nome estranho (ele é "Rio" para suas hordas de fãs japoneses) roubou o filme com um desempenho extraordinário.

"Há algo dentro de River pelo que seus pais são em grande parte responsáveis", disse o diretor Reiner a um repórter na época. "Ele tem um tremendo entusiasmo, e ele, obviamente, tem sido muito amado."

Quanto ao nome, "eu gosto agora", diz River. "É realmente estranho."

Falando sobre o seu passado muito estranho, ele diz: "Eu li artigos onde os meus pais são descritos como hippies ou filhos da flor. Isso não é realmente válido porque meus pais não eram militantes ou faziam algo de especial no campus. Eles não queriam se envolver. Eles eram mais como desistentes. Mudando-se para o Oregon, onde tivemos uma cabana de madeira, colhendo maçãs. É onde eu nasci."

Seu pai, River diz agora, queria abandonar todos os laços com sua antiga vida. "É o seu passado. Ele teve uma verdadeira infância difícil. Quando ele tinha 7 anos, sua mãe sofreu um grande acidente de carro que a deixou paralisada. Seu pai pegou o dinheiro do seguro e fugiu com uma loira para a Austrália quando ele tinha uns 12 anos. Então, ele foi simplesmente tipo esquecido no meio de Fontana, Califórnia."

River afasta seu longo cabelo de seda-milho do seu rosto. "Ele ficou realmente zangado. Ele quebrou janelas e se meteu em um monte de problemas e acabou num reformatório juvenil. Ele passou por muita coisa. Quando ele conheceu Mamãe, eu acho que isso realmente o salvou. Eles decidiram sair e encontrar a si mesmos." Uma pausa, então uma pequena risada. "Eles ainda estão procurando."

Continua...


Fonte: The Houston Chronicle, em março de 1988

terça-feira, 12 de julho de 2011

River Phoenix em Show em Benefício dos Direitos dos Animais/1991





"Aqui temos River no MC em Benefício dos Direitos dos Animais em Raleigh, NC, em 05 de outubro de 1991. Temos o evento beneficente inteiro, mas aqui estão alguns clipes e River dando alguns autógrafos no final do show, e o "Red Hot Chili Peppers" dando uma canja do seu novo álbum (BloodSugarSexMagic), e também o incrível baterista Joshua Greenbaum nos bastidores."

"Há muito a dizer a vocês sobre este show beneficente. Brevemente, "Hetch Hetchie and Toast" de Athens, GA, tocaram neste show beneficente, em que River e Joshua improvisaram com eles a música "Play That Funky Music", logo que estiver autorização, vocês vão poder ouvi-la na íntegra. No dia seguinte a este show, River e eu dirigimos uma Van Volvo prata até a casa de Flea em LA, onde Riv começou a trabalhar em Sneakers e ficou muito próximo de Dan Aykroyd e de sua família."

Sky "Phoenix" Sawirski *


* Sky Sawirski foi uma espécie de assistente de River Phoenix, e sempre o acompanhava em suas filmagens, e também agenciou alguns dos shows de sua banda. Ele passou a assinar seu nome como "Sky Phoenix" em sua homenagem.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

"Deixe Fluir": Rolling Stone, 1991

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River Phoenix mantém a cabeça fria e fora das telas

Por Lisa Bernhard

"Eu sou tipo um godfather (padrinho) de Gainesville", diz River Phoenix enquanto ele olha pela janela do Café Espresso." Ou dogfather (cachorro pai), devo dizer - Esta é uma cidade ao contrário."

Apesar de Phoenix estar sorrindo, ele parece cada centímetro desalinhado à parte
. Não obstante o calor opressivo aqui na faixa central da Flórida, Phoenix escolheu hoje mostrar seu talento para o visual em camadas: espreitando para fora do bermudão boxer azul padronizado está um par de cuecas térmicas verde exército. Uma incompatível camisa verde oliva estampada e botas de
borracha Beatle pretas completam o conjunto desta tarde.

Fora do Cafe Espresso - que apesar de seu nome é uma espécie de lugar sonolento - o despenteado cabelo loiro de Phoenix balança ao vento enquanto ele cruza as ruas de Gainesville, como o cão da cidade. Ninguém olha - ou parece se importar que
este é um dos atores que está reestruturando o sistema de elenco de Hollywood. Eles apenas viram a cabeça e sorriem, como se dissessem: "Cachorrinho legal."


O que é que a estrela loura está fazendo em um lugar como este? Apesar de suas aparições em Stand by Me, A Costa do Mosquito e O Peso de Um Passado lhe renderem um lugar em Hollywood, ele ainda prefere a verificação da realidade que é Gainesville. E isso provavelmente não mudará com o lançamento em setembro de Dogfight e, em outubro de My Own Private Idaho - primeiro filme de Gus Van Sant desde Drugstore Cowboy (em Idaho, Phoenix aos 21 anos vive um prostituto de rua em busca de sua mãe). "Eu passei tanto tempo nas grandes cidades que Gainesville é um alívio", Phoenix diz, rindo. Em outras palavras, não há falsos com telefones celulares aqui. Abrigo da Universidade da Flórida, Gainesville (população de 84.770 hab.) é também um santuário para o resto da ninhada de John e Arlyn "Heart" Phoenix: Rain, 18 anos, que canta na banda de River, Aleka's Attic; Joaquin, 16, que era conhecido como Leaf quando ele apareceu no filme Parenthood ("Joaquin é seu nome real", diz River. "Ele é o único que não tem um nome pseudo-natureza. Ele mudou para Leaf quando ele tinha quatro anos, e ele apenas mudou ele novamente") ; e as meninas Liberty, 15 e Summer de 13.

River e sua namorada, Suzanne Solgot, uma massagista de 26 anos de idade, se conheceram em 1988 e agora alugam uma casa juntos no centro da cidade. Mamãe, Papai e o resto dos filhos vivem em uma fazenda nas proximidades. Um grupo preocupado com a causa ambiental, eles cultivam seu próprio alimento e não serão pegos com carne morta na boca ou pele em suas costas. Embora ele afirme que a postura salve-o-planeta "não é, tipo, minha artimanha," River é rápido para esmagar os críticos. "Eu não me importo se as pessoas querem chamar você de menino natureza puxa-saco", diz ele, não soando nada como um. "Eles podem enfiar isso na bunda. O mundo está caindo sobre eles. E eles estão apenas sendo patinhos cegos."

A imagem de Mr. Green Jeans [N.T. personagem do programa infantil Captain Kangaroo que adora viver ao ar livre] perdido em uma jornada Outward Bound [N.T. instituição de educação experimental ao ar livre] - esta é a fazenda da família. Os vinte acres dos Phoenixes é um reino de legumes, grama alta e musgo espanhol, governada por insetos. Na casa principal, tapeçarias penduradas e cartazes do Greenpeace dão aos quartos um visual de cafeteria/dormitório de faculdade; com estantes com títulos como "Confissões de um Eco-Guerreiro" e "Um Guia para Gaia". Em uma oficina perto de casa está um estúdio de gravação improvisado. Tendo sido certa vez um missionário de um culto religioso chamado Meninos de Deus, o papai John agora é um agricultor orgânico; Heart passa a maior parte de seu tempo gerenciando a carreira de seu filho no cinema. Embora o ator diga que sua família o sustentou até os dezoito anos, é um pouco óbvio quem está cuidando de quem estes dias. "Nós apenas compartilhamos", diz River, de quem é dito ganhar algo próximo a US $ 1 milhão por filmagem. "É igualdade absoluta. É um completo, hum, compartilhamento de coisas .... Todas os filhos desempenham um papel enorme na democracia que temos. Não há nada ditado, não há nada estabelecido; isso é livre." A atitude nesta casa pós-hippie pode ser chamada de Deixe Isso Fluir.

Embora amigos da Costa Oeste, como a co-estrela de Idaho, Keanu Reeves, já tenham visitado suas escavações na Flórida, decididamente a viagem cabeça anti-Hollywood de River Phoenix é como tofu para a alma (ou como sua irmã Rain diz: "as pessoas que eu conheci aqui foram realmente uma bênção para minha psique"). "Ela é realmente concebida, eu acho, para desnudar você e confundir você", diz Phoenix sobre a cena de Los Angeles. "É como se sentir como o homem invisível. Você apenas fica lá, e você começa a se desintegrar, e você não pode ver a si mesmo, e você só sente que está sendo absorvido por essa grande bolha de glitter. Eu simplesmente não consigo ficar lá ."

Isso não significa toda a paixão e os princípios do garoto. Correndo em uma tabacaria local, Phoenix seleciona um pacote tipo exportação de cigarros canadenses antes de verificar os bolsos. "Oh, eu não trouxe nenhum dinheiro", diz ele, timidamente voltando-se para mim. "Pode me emprestar algum?" Protegendo a fumaça, ele demora longamente, arrastando-se auto-consciente ("Eu estou tentando largar") e apimenta uma conversa sobre estrelato chamando a si mesmo de "Rubber Penis" (Pênis de Borracha). "Quando você vê o nome River Phoenix em todos os lugares", diz ele, "você tem que, tipo, fazer piada sobre isso."

Outros Phoenixes são menos pacientes com o ataque de atenção. "Às vezes, eu sinto mais frustração do que ele sente", diz Rain, que está estudando ópera e italiano na Universidade. "Quer dizer, tipo, pessoas que vêm até ele e outras coisas, que quase me deixam muito louca, às vezes. Tipo, 'Deus! Por que eles não podem deixá-lo em paz? Ele é apenas um ser humano!'" Ainda assim, Rain não se importaria se "uma coisa tipo um milagre acontecesse e apenas dissesse, 'Ei, este pequene papel é perfeito para você.' "

Mas é Riv que está em ascensão, deixando os papéis de sua infância para trás. Phoenix, no entanto, nega. "Eu não tenho nenhuma estratégia de carreira", diz ele. "Isso não pode ser sobre dinheiro, e não pode ser sobre 'agora que estou crescido eu tenho que interpretar esses caras'. Cara, eu vou interpretar um de doze anos de idade - se houver meninas bonitas no filme."


Fonte: Rolling Stone, em outubro de 1991