PARTE 2
Por Kellie M. Walsh, em 21 de setembro de 2009
Pelo início dos anos 90, eu tinha seguido em frente. Eu vira ocasionalmente pedaços de A Costa do Mosquito e Running on Empty na TV a cabo. Phoenix tinha amadurecido, estava mais firme, menos estridente. Ele ainda tinha o cabelo perfeito. Eu não tinha visto ou comprado uma revista adolescente por muitos anos.
Quando Phoenix apareceu no tapete vermelho do Oscar, em 1990, eu gritei. Eu não me lembrei o quanto ele tinha me irritado; ao invés disso, senti um orgulho colegial estranho, como se um antigo colega de escola tivesse apenas passado pela câmera. Ele tocou em seu rosto e bateu os dedos assistindo seu clip de Running on Empty, e então urrou e deu um soco no ar, quando ele perdeu o prêmio de Melhor Ator para o seu colega de Te Amarei até Te Matar, Kevin Kline. A mãe de Phoenix disse mais tarde que ela teve que impedi-lo de pular de sua cadeira e correr atrás de Kline para abraçá-lo.
Quando Phoenix apareceu no tapete vermelho do Oscar, em 1990, eu gritei. Eu não me lembrei o quanto ele tinha me irritado; ao invés disso, senti um orgulho colegial estranho, como se um antigo colega de escola tivesse apenas passado pela câmera. Ele tocou em seu rosto e bateu os dedos assistindo seu clip de Running on Empty, e então urrou e deu um soco no ar, quando ele perdeu o prêmio de Melhor Ator para o seu colega de Te Amarei até Te Matar, Kevin Kline. A mãe de Phoenix disse mais tarde que ela teve que impedi-lo de pular de sua cadeira e correr atrás de Kline para abraçá-lo.
Então, em setembro de 1991, My Own Private Idaho foi lançado. Quinze anos antes de Heath Ledger fazer barulho no mercado com o lançamento de Brokeback Mountain, Phoenix estava encantando casas de arte em todo o mundo com sua interpretação de um prostituto gay em busca de sua mãe. A narcolepsia de seu personagem tinha todo o risco de ser lida como comédia, mas Phoenix desempenhou-a com tanta franqueza que cada risadinha inicial na plateia foi substituída por um estremecer envergonhado. Seu personagem flutuou através do filme como uma bolha, unida apenas por tensão, momento e necessidade não satisfeita; você não poderia deixar de prender a respiração esperando o inevitável.
Sentada no cinema, eu finalmente consegui enxergá-lo. Eu finalmente entendi o que tornava River Phoenix especial. Ele tinha a capacidade singular de retratar as verdadeiras emoções, sinceras, em toda a sua vasta feiura. Seu nariz escorreu; seu corpo se contorceu; sua voz falhou e gaguejou. Às vezes, ele era quase inaudível. Mas com uma entrega em uma voz baixa, entrecortada, ele deu ao público uma liberação desagradável, insatisfatória, catártica, revelando toda a dor e o medo e a frustração que eles lutaram tão duramente para esconder.
Tal como em Stand By Me, o momento brilhante de Phoenix em My Own Private Idaho ocorreu na forma de uma confissão na fogueira. Essa confissão é, além disso, notável porque foi o próprio Phoenix que a escreveu.
Sua atuação não era perfeita, ele ainda não podia interpretar felicidade convincentemente, e algumas de suas escolhas eram inexplicáveis, mas ele tinha algo, um instinto, a capacidade de tornar-se transparente. Ele não era apenas vulnerável; ele se desnudava. Como Peter Weir disse, "Laurence Olivier nunca teve o que River tinha." Ele não era apenas um galã adolescente; ele foi um dos poucos artistas a sair dos anos 80 que não só tiveram a chance de sobreviver à década, mas de transcendê-la. River Phoenix seria o James Dean que viveu.
Um pouco depois de uma da manhã do dia 31 de outubro de 1993, River Phoenix morreu de intoxicação aguda por múltiplas drogas. Ele caiu em convulsões na calçada do Viper Room, uma casa noturna, na Sunset Boulevard, em Hollywood. Ele nunca acordou. Relatórios toxicológicos concluíram que ele havia ingerido "muitas vezes os níveis letais" de cocaína e heroína. Na idade de 23 anos, o menino de ouro de Hollywood morreu de uma overdose.
Eu não me lembro onde eu estava quando ouvi a notícia. Eu não me lembro o que eu estava fazendo. Eu não testemunhei o frenesi da mídia que cercou sua morte nem ouvi a frenética chamada ao 911 de seu irmão Joaquin se repetindo em estações de rádio e noticiários. Eu estava no meu primeiro semestre na faculdade. Lembro-me de um memorial no jornal alternativo do Campus. Lembro-me de algumas garotas da minha idade se abraçando nos degraus do centro estudantil. Eu tinha 18 anos de idade.
Não me lembro de ficar chocada, embora eu suspeite que eu fiquei. Eu não me lembro de chorar, embora eu suspeite que eu tenha chorado. Em vez disso, o que eu me lembro é o que eu sentia cada vez que ouvia o nome de Phoenix ou via o seu rosto por anos depois.
Eu pensava que ele era um idiota.
Eu não podia acreditar que alguém tão brilhante podia fazer algo tão estúpido. Que alguém tão talentoso, tão valioso, podia fazer algo tão imprudente. Eu não podia acreditar que alguém tão frequentemente elogiado por suas posições anti-establishment positivas e saudáveis pudesse morrer de uma morte tão clichê, tão feia, de tanto mau gosto.
Era Jimmy Reardon tudo de novo. A tristeza foi ofuscada pela raiva, e mais uma vez, eu senti como se estivesse vendo evidências de que Phoenix era um vigarista, um hipócrita. Eu tinha passado todos esses anos resistindo aos seus encantos, e agora eu sentia que ele mentira pra mim. Sentia-me traída.
Sentia-me enganada.
Eu não estava sozinha. Durante meses, revistas e jornais publicaram artigos e matérias de capa sobre Phoenix; ele ainda estava fazendo manchetes em abril do ano seguinte até que a morte prematura de Kurt Cobain tomou o centro do palco. Alguns jornalistas canonizaram Phoenix como um mártir de Hollywood, uma estrela brilhante manchada pela corrupção da indústria; outros eram muito menos amáveis. O tom ofegante de relatos anteriores foi substituído por um ressentimento frio. Um jornalista evitou a palavra mais branda "corpo", optando por referir-se a Phoenix alternadamente como "cadáver" e "a carcaça." Muitas vozes, profissionais e não, concluíram que se Phoenix tinha feito isso a si mesmo, ele tinha tido o que ele merecia. Eu provavelmente disse o mesmo, também.
Eu fui uma idiota.
Sentada no cinema, eu finalmente consegui enxergá-lo. Eu finalmente entendi o que tornava River Phoenix especial. Ele tinha a capacidade singular de retratar as verdadeiras emoções, sinceras, em toda a sua vasta feiura. Seu nariz escorreu; seu corpo se contorceu; sua voz falhou e gaguejou. Às vezes, ele era quase inaudível. Mas com uma entrega em uma voz baixa, entrecortada, ele deu ao público uma liberação desagradável, insatisfatória, catártica, revelando toda a dor e o medo e a frustração que eles lutaram tão duramente para esconder.
Tal como em Stand By Me, o momento brilhante de Phoenix em My Own Private Idaho ocorreu na forma de uma confissão na fogueira. Essa confissão é, além disso, notável porque foi o próprio Phoenix que a escreveu.
Sua atuação não era perfeita, ele ainda não podia interpretar felicidade convincentemente, e algumas de suas escolhas eram inexplicáveis, mas ele tinha algo, um instinto, a capacidade de tornar-se transparente. Ele não era apenas vulnerável; ele se desnudava. Como Peter Weir disse, "Laurence Olivier nunca teve o que River tinha." Ele não era apenas um galã adolescente; ele foi um dos poucos artistas a sair dos anos 80 que não só tiveram a chance de sobreviver à década, mas de transcendê-la. River Phoenix seria o James Dean que viveu.
Um pouco depois de uma da manhã do dia 31 de outubro de 1993, River Phoenix morreu de intoxicação aguda por múltiplas drogas. Ele caiu em convulsões na calçada do Viper Room, uma casa noturna, na Sunset Boulevard, em Hollywood. Ele nunca acordou. Relatórios toxicológicos concluíram que ele havia ingerido "muitas vezes os níveis letais" de cocaína e heroína. Na idade de 23 anos, o menino de ouro de Hollywood morreu de uma overdose.
Eu não me lembro onde eu estava quando ouvi a notícia. Eu não me lembro o que eu estava fazendo. Eu não testemunhei o frenesi da mídia que cercou sua morte nem ouvi a frenética chamada ao 911 de seu irmão Joaquin se repetindo em estações de rádio e noticiários. Eu estava no meu primeiro semestre na faculdade. Lembro-me de um memorial no jornal alternativo do Campus. Lembro-me de algumas garotas da minha idade se abraçando nos degraus do centro estudantil. Eu tinha 18 anos de idade.
Não me lembro de ficar chocada, embora eu suspeite que eu fiquei. Eu não me lembro de chorar, embora eu suspeite que eu tenha chorado. Em vez disso, o que eu me lembro é o que eu sentia cada vez que ouvia o nome de Phoenix ou via o seu rosto por anos depois.
Eu pensava que ele era um idiota.
Eu não podia acreditar que alguém tão brilhante podia fazer algo tão estúpido. Que alguém tão talentoso, tão valioso, podia fazer algo tão imprudente. Eu não podia acreditar que alguém tão frequentemente elogiado por suas posições anti-establishment positivas e saudáveis pudesse morrer de uma morte tão clichê, tão feia, de tanto mau gosto.
Era Jimmy Reardon tudo de novo. A tristeza foi ofuscada pela raiva, e mais uma vez, eu senti como se estivesse vendo evidências de que Phoenix era um vigarista, um hipócrita. Eu tinha passado todos esses anos resistindo aos seus encantos, e agora eu sentia que ele mentira pra mim. Sentia-me traída.
Sentia-me enganada.
Eu não estava sozinha. Durante meses, revistas e jornais publicaram artigos e matérias de capa sobre Phoenix; ele ainda estava fazendo manchetes em abril do ano seguinte até que a morte prematura de Kurt Cobain tomou o centro do palco. Alguns jornalistas canonizaram Phoenix como um mártir de Hollywood, uma estrela brilhante manchada pela corrupção da indústria; outros eram muito menos amáveis. O tom ofegante de relatos anteriores foi substituído por um ressentimento frio. Um jornalista evitou a palavra mais branda "corpo", optando por referir-se a Phoenix alternadamente como "cadáver" e "a carcaça." Muitas vozes, profissionais e não, concluíram que se Phoenix tinha feito isso a si mesmo, ele tinha tido o que ele merecia. Eu provavelmente disse o mesmo, também.
Eu fui uma idiota.
(Continua...)
Fonte: Pop Matters, em setembro de 2009
Nossa, adorei, porque enquanto eu lia se alternavam em mim sentimentos de ódio e amor por essa matéria, minha raiva só passou quando eu li a última frase, estou muito ansiosa para a próxima parte!
ResponderExcluirÉ muito difícil para algumas pessoas entenderem outras, o que eu sei é que ninguém tem o direito de julgar River, e mesmo Kurt, pelas escolhas que fizeram, eu sofro todos os dias por elas, mas eu não sei o que eles passaram e o que sentiam, é muita ridículo querer criticar e julgar alguém que estava tão distante de nós e que, na verdade, não devia nada a ninguém além de si mesmo.
Beijos.
Oi, Nanda
ExcluirEu achei este texto muito interessante, e ao mesmo tempo muito estranho, especialmente porque ela descreve o mesmo River que eu conhecia, mas que nela provocava sentimentos antagônicos aos meus!
E quando ela passa a falar dos terríveis artigos escritos na época da morte dele, é impossível não lembrar o horror que foi tudo aquilo, o massacre, a forma abjeta e desumana como o trataram os mesmos que antes o bajulavam. É fácil entender porque até hoje sua família quer a mídia longe dele.
E sobre o julgamento de que ele, até hoje, é vítima, concordo plenamente com você. Como alguém pode se achar no direito de julgá-lo, sem nunca ter estado na pele dele? Sem saber nada dele, da sua vida íntima, de seus fantasmas...Especialmente quando este julgamento se baseia em algo que uma mídia horrorosamente descomprometida com a verdade, publica. Mas muitos preferem julgar os outros a refletir sobre suas posições confusas e arrogantes.
No fim, River merecia bem mais.
Beijos.
Esse texto resume um pouco do que eu sinto pela morte dele, tbm ja me perguntei inumeras vezes pq ele foi tao idiota? pq ele tomou todas aquelas drogas? o cara tinha tudo que um ser humano pode desejar e se destruiu dessa maneira, Eu juro que queria entender , mas é impossivel, só Deus sabe o que se passa na cabeça de alguem...... Mas com certeza essa morte tao estupida poderia ter sido evitada de alguma maneira, mas ninguem parou pra prestar atençao no abismo que ele estava ......
ResponderExcluirPessoal, há uma coisa no Riv que acho que poucas pessoas entendem. Ele era índigo pesquisem no google sobre crianças indigo e cristais. Ser um Indigo no meio de hollywood não é de todo fácil. A categoria que ele se inseria nos indigos era Humanitário. Ele não tinha apoio de quase ninguém nesse aspecto porque indigos foram pioneiros vieram para mudar a consciência do mundo e seguem-se os cristais já com o trabalho mais fácil. Foi um desafio que ele aceitou e nas características está lá que podem cair em drogas se não forem bem orientados. E ele não foi orientado para isso. Nesse tempo não havia a informação que há hoje, eu própria passei o inferno, imaginem ele . Era de se esperar que caísse e depois com as amizades erradas ainda pior. Mas a missão dele foi bem sucedida porque ele deixou algo especial para o hoje que após 21 anos ainda mexe com a gente. Não é para qualquer um. :).
ExcluirAbraços,
Joana
Anônimo,
ExcluirPelo que entendi, no fim, a intenção da autora foi dizer o oposto disso. Ela chega a conclusão que foi "uma idiota" por julgá-lo. E por julgá-lo baseada no que a mídia publicava, sem considerar se ele realmente concordava com aquela imagem que vendiam ao mundo. Quem era River Phoenix? Ninguém sabe, e certamente ninguém pode dizer que ele "tinha tudo o que um ser humano pode desejar". E se ele desejasse aquilo que não tinha? Como liberdade, anonimato, menos pressão, uma vida completamente diferente? Afinal, quem sabe o que faz feliz uma pessoa? Uns querem riqueza, outros amor, outros beleza...e outros tem tudo isso e querem algo que ninguém nem imagina.
River não teve só coisas boas na sua vida. Ele também teve uma infância de extrema pobreza, insegurança, um pai depressivo, um senso de excessiva responsabilidade, uma cobrança eterna sobre ele, inclusive da parte dos fãs. Isso é uma vida fácil e feliz? Não sei, não a vivi, não posso julgá-lo. Será que alguém pode?
Só sei que, do fundo do meu coração, eu desejava que ele fosse muito feliz. Desejar, o que é bemmm diferente de "exigir" isso.
Abraço.
Oi, Joana
ExcluirRiver realmente era especial. E ainda segue fazendo bem o que fazia: impressionar. <3
Beijos.
Como disse um dia o grande Milton Nascimento sobre o River: "Queria que fosses feliz, uma agua calma a inundar a sua margem de carinho, um peito aberto a quem chegar.." Nunca vi descrição melhor. Ele era apenas um menino, gente, 23 anos..com seus conflitos e demônios, além de questões pessoais que só ele deveria saber. Tudo isso aliado ao meio que não ajuda muito, Hollywood + meio musical. As drogas são um refúgio, um bálsamo, não há como negar, mas que custa caro, no caso dele custou um preço alto demais, não só pra ele, mas pra família e pra nós que sentimos sua ausência até hoje. Infelizmente as más companhias também contribuíram em muito para esse desfecho terrível. Resta-nos homenageá-lo por aqui.
ExcluirFemme, estou ansiosa pela próxima parte... A autora vai nos mostrando tudo o que ela sentia , tudo que ela pensava e a gente vai querendo saber mais sobre o seu ponto de vista, apesar de que eu não iria sentir as mesmas coisas que ela sentia ... Mas o que me horrorizou foi a forma com que a mídia tratou o River, chamá -lo de carcaça ... =( é absurdo... E muitas pessoas acabaram acreditando na midia... Ninguém sabe o que aconteceu de fato... Então não podemos julgar, fazer afirmações como a mídia fez...
ResponderExcluirBeijos !
Oi, Clarice
ExcluirÉ mesmo curiosa a forma dela ir revelando seu encontro com River, né? Ainda que nossos sentimentos sobre ele não sigam a mesma linha que os dela, acho a descrição que a autora faz dele muito rica. Esse é o mesmo River que eu conhecia. Só que eu o amava. Demais.
E a mídia foi perversa demais com ele e com sua família. Dizem que até hoje não houve nada parecido com nenhum artista morto. Chocou todos os seus amigos. Acho que choca até hoje.
Enfim, só falta uma parte!
Beijos.
Concordo com vocês, Femme, não se pode julgar uma pessoa sem ter vivido, sentido e passado o que ela passou, como é impossível isto, então julgar também é. Deixemos isso para os juízes que julgam os casos extremos. River nunca fez mal a ninguém, muito pelo contrário, só deu amor, e o motivo que levou ele às drogas é o mesmo que leva todas as pessoas, o escapismo, só muda o motivo dessa fuga. Tenho certeza que se River tivesse tido a chance de viver mais ele se livraria das drogas e iria procurar fazer as coisas e viver conforme lhe aprouvesse, porque inteligência de sobra ele tinha pra isso. O amadurecimento dele viria com o tempo, como ocorre com todo mundo. Ninguém é realmente maduro com 23 anos! Quanto mais uma pessoa que teve a vida que ele teve, sem tempo de analisar o que ocorria com ele, as experiências da vida chegando de forma irregular, atropeladas, e ele nem tinha um acompanhamento psicológico, alguém realmente gabaritado para ouvi-lo e orienta-lo. Isso acontece quase sempre com as pessoas muito inteligentes, são negligenciadas e deixadas a própria sorte, como se a inteligência resolvesse todos os aspectos em sua vida e tudo lhe fosse entendível e digerido. A mãe dele tinha mais quatro filhos para cuidar, o pai se isolou, e River achou que poderia resolver tudo em sua vida, que tinha controle de tudo, mas no fundo se sentia só, confuso, cobrado e explorado, era dessa realidade que ele queria escapar, acredito eu. E River pode aparecer, se ele quiser, explicar que não foi bem assim.Vou adorar. kkkkkk
ResponderExcluirOi, Ana Paula
ExcluirConcordo com cada palavra sua. Sua forma de ver River, sua singularidade, suas escolhas, seus caminhos, o ambiente que o cercava, é muito parecida com a minha, sabe? River era tão inteligente, tão especial, que era tratado como um "homem sábio e maduro". Mas, apesar de todas as suas qualidades, ele era um menino, vivendo na velocidade da luz, sempre seguindo adiante, sem tempo para amadurecer suas percepções, cometer erros, testar opções. E ainda assim, ele fez tudo isso. Ele não recuou, não lavou as mãos, não se encolheu: ele VIVEU. E quem está vivo, corre riscos. Infelizmente, ele se foi cedo demais. Nunca saberemos o que ele teria se tornado, mas certamente podemos respeitar e reverenciar o que ele nos deixou. E isso não é pouco.
Beijos.
"E River pode aparecer" se eu entendi no sentido correto, eu penso a mesma coisa todos os dias!!! Também iria adorar!!! rsrsrsrsrs :D
ResponderExcluirAh, se houvesse uma máquina do tempo, né? E River pudesse ser salvo e retornar para nós...<3
ExcluirEu também iria adorar!
Esse menino era tão iluminado que creio que sua energia deva pairar por aí..ou não estaríamos aqui reunidos em sua memória mais de 20 anos após sua passagem.
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