?

terça-feira, 26 de abril de 2011

"CONTA COMIGO": Revista Bizz, 1987

.



"CONTA COMIGO"


Por Tom Leão


O cartaz e o título podem sugerir uma história água-com-açúcar para moças mas Conta Comigo ultrapassa estas - e outras - expectativas. É um dos mais belos filmes juvenis da década e um dos melhores filmes da temporada.

Baseado em um romance de Stephen King (autor das histórias originais de Carrie, a Estranha e O Iluminado) o filme tem aventura e suspense sem exageros spielberguianos. O tema principal é a importância de se ter um amigo de verdade, o que, segundo o narrador (Richard Dreyfuss) só acontece enquanto se é criança.

A trama é simples, porém narrada de modo envolvente: um garoto desaparece numa cidadezinha americana, em 1959. O irmão mais velho de um dos quatro protagonistas, Vern (O'Connell) descobre que o menino está morto e o cadáver encontra-se oculto num lugar ermo, próximo à linha férrea que corta a região. Vern fica sabendo da verdade e corre a contar para a turma (Wheaton, Phoenix e Feldman). Os garotos decidem empreender uma jornada até o local para descobrir o corpo e elucidar o mistério - e assim se tornarem os heróis da cidade. É nesta viagem que eles começam a deixar a inocência, descobrindo o quanto a vida é desafiadora, misteriosa e cheia de surpresas, incluindo a maior delas: a morte.

Nada falta ou sobra ao filme, a não ser o injusto esquecimento da Academia do Oscar, apesar de ter sido eleito pela crítica americana como um dos melhores filmes de 86. O desempenho dos garotos, sensacional, sob a direção de Rob Reiner compõe um sensível quadro da infância.


Fonte: Revista BIZZ, em maio de 1987

9 comentários:

  1. Esta crítica foi meu primeiro contato com River. Desde que li isso, fiquei ansiosa para assisti-lo, mas nem imaginava que seria amor à primeira vista. Pelo filme, por Chris e, eternamente, por River. Este filme mudou a minha vida de um jeito que nem dá pra explicar. Meu encontro com River foi minha redenção e minha tragédia particular. Como explicar o poder que alguém assim pode ter sobre nós? ...

    ResponderExcluir
  2. Femme,e eu, que sempre fui uma grande fã do C.C. É o "filme da minha vida";como deve acontecer contigo,toda vez que assistimos temos uma sensação subliminar...inexplicável!
    Só fui atentar pro River na milésima vez que vi (incrivelmente, o C.C. é uma das poucas coisas que nunca há uma 'primeira vez';parece que todas são a primeira,exceto pelo fato de irmos decorando as falas hehe),e,sei lá,ele virou meu 'ídolo teen'. Isso uns 17 anos depois da morte dele ! (ele morreu eu era bebê)
    Ler,ver fotos,qualquer coisa sobre ele me fascina...há outras pessoas que admiro muito,mas,como todos dizem,ele é como um anjo (e olha que nem acredito nisso),só de ver a carinha dele já muda o humor =}.

    ResponderExcluir
  3. Maria,

    É verdade, é mesmo o filme da minha vida também! Mas River me impressionou desde a primeira vez, fiquei impactada, ele me deixou sem fala. Ah, eu também já sei quase todas as falas decoradas! ...rs...

    Beijos.

    ResponderExcluir
  4. a ficção pode mudar muito a vida de uma pessoa ainda despreparada sentimentalmente.
    o certo é q temos que diferenciar, sempre o real do imaginario! e ainda assim nao tentar complicar ou levar isso para nossas vidas. faza como um ator. "se apegar a este ser ou esta emoção, e um dia simplismente deixa-lo. apenas tenha esta emoção de momento. ou isso pode causar diferenças em sua vida. as vezes pra melhor, ou até msmo pra pior. é como River"!

    ResponderExcluir
  5. Hummm, eu penso que a ficção (ou a Arte) pode mudar a vida de qualquer um, não apenas dos "despreparados sentimentalmente". Basta ser humano e se corre este risco. Um risco ótimo, aliás!...rs... Eu prefiro ser tocada pela Arte (em suas múltiplas formas) do que viver só de pedra e tijolos. Eu preciso de sonhos. Não importa que, às vezes, doa demais, mas isso é VIDA! E no final, todos encontramos a morte...

    ResponderExcluir
  6. Lembro quando li esta crítica na minha Revista Bizz, lá pelos idos de 1987!

    Filmaço, que não tive a oportunidade de assistir no cinema, mas assisto toda vez que é exibido e sempre acabo aprendendo algo novo com ele...

    E River teria a minha idade hoje!

    ResponderExcluir
  7. Harley,

    Eu também sempre aprendo algo novo com ele. Este é o tipo do fime que nunca envelhece...

    Poxa, bem que poderiam relançá-lo no cinema em comemoração aos 25 anos deste clássico maravilhoso, né?!

    ResponderExcluir
  8. Foi o primeiro filme do River que eu assisti, eu fiquei simplismente maravilhada. E foi com esse filme que eu achei o River interessante e comecei a procurar tudo sobre ele e a ver os outros trabalhos dele. Ainda bem que eu achei esse filme!

    ResponderExcluir
  9. Também foi o primeiro filme do River que assisti, e ele é simplesmente mágico.Perdi as contas de quantas vezes assisti e me apaixonei.

    Obrigada Femme =)

    ResponderExcluir