Por Stephanie Mansfield
River, por outro lado, parecia saber o que ele queria. "Eu era muito ambicioso", lembra ele. Ele começou a tocar guitarra quando tinha 5 anos e muitas vezes se juntou a sua irmã entretendo turistas na Venezuela, em hotéis e aeroportos, para ganhar dinheiro. "Muitas das canções eram religiosas e positivas. Como "You Gotta Be a Baby to Go to Heaven". Era nisso que a gente estava interessado.
Ele se inclina para trás na cadeira, deixando o cabelo cair em seus olhos. "Nós tínhamos visto alguns moradores ricos que tinham um trailler e meu pai disse: 'Quanto é que custa algo assim?" E o cara foi tipo, 'O que você está falando? Você nunca poderia pagá-lo!' E era verdade. Não tínhamos nada de nada. Vivíamos em uma cabana na praia. Ela era infestada de ratos e no teto haviam baratas voando, mas tinha bananeiras lá fora e essa era a minha realidade. Eu não era infeliz, de qualquer modo. Eu estava apenas vivendo.
"Quando criança, eu era muito espiritual. Eu tinha muita fé em Deus. Eu acreditava totalmente. Eu conhecia a Bíblia muito bem. Eu memorizei muitos, muitos, muitos versículos. Isso foi apenas uma fase que passou. Nós não somos mais assim, de qualquer modo. Usamos muito a mesma terminologia, você sabe, em como falar sobre as coisas. Você usa o termo Deus, mas o que é Deus, você sabe? Uma força universal? Um ser universal?"
A família estabeleceu uma meta, diz ele, "através de algum talento que possamos desenvolver, melhorar o mundo, ter uma influência positiva. Pensar globalmente e agir localmente, esse tipo de coisa. Isso tudo ramificou dos anos 60, tentar mudar o mundo, mas não era aquele extremo. Apenas fazer a nossa parte. Nós não queremos somente ser egoístas e ter coisas materiais e ganhar dinheiro. Nós queríamos uma fazenda, onde poderíamos ter nosso próprio jardim, um lugar agradável para crescer."
Do efeito dos Phoenixes sobre os outros, ele diz: "As pessoas nos achavam muito interessantes. Muito puros."
Pela quarta série, River caiu fora da escola. "Eu não tinha tempo, uma vez que eu estava trabalhando, ou energia", diz ele. "Eu sinto falta, mas uma parte de mim sabe que eu realmente poderia ter sido influenciado por ela. Eu tenho muitas qualidades de camaleão. Eu fico muito absorvido em tudo ao meu redor. Eu acho que é o que me ajuda na atuação, sabe, com personagens e estar em uma nova posição."
Seu talento brotou do fato de "ter que se adaptar. De se deslocar de um lugar para outro. Qualquer coisa era possível. Poderíamos estar lá e então, no dia seguinte, poderíamos ser estrelas de cinema! É muito espontâneo. Nós nos mudamos muito freqüentemente." Agora a família está vivendo em uma casa alugada em Gainesville, Flórida, e viaja muito de trailler.
"Eu tive muita diversão", diz ele. "Só que de uma maneira diferente. Eu experimentei dirigir carros e ir a festas. Isso não me atrai."
Quando ele leu o roteiro de Espiões Sem Rosto, ele pensou que era implausível. Mas ele diz que não tinha escolha. "Você está lidando com esses grandes executivos. Eles dizem: 'Isto é o que seria bom para você.' Você diz, 'OK'. Eu poderia ter dito não, mas eu teria sido um idiota total de dizer não. Nesse momento, eu poderia nunca mais trabalhar outra vez."
Ultimamente, ele diz: "Meu padrões mudaram definitivamente. Agora estou mais confiante. Posso dizer que não sinto uma paixão pelo roteiro e é isso." Fala dura. Mas afinal, o cara é um adolescente. E todos os adolescentes têm problemas. E River Phoenix não é exceção.
"Meu maior problema agora é, provavelmente, socialmente, lidando com as pessoas que eu encontro. As pessoas se sentem desconfortáveis. Elas se sentem inferior sem nenhum motivo. Elas ficam pisando em ovos em torno de você."
Às vezes, diz ele, "Eu gostaria de trocar. Seria bom não ter nada. Ser apenas flutuante, sabe?"
Um monte de meninas o consideram atraente, ele suspeita, "porque seria interessante namorar uma celebridade. Eu não sou um idiota. Eu sou uma pessoa legal, então eu posso entender isso. É difícil".
Ele limpa a garganta. "Eu tenho um monte de amigas, mas elas são amigas. Se isso se transformar em algo ... como um namoro, nós vamos ao cinema e sentamos no banco de trás, isso não depende de mim."
Achando o assunto desconfortável, ele se contorce em sua cadeira. "Acho sexo muito distorcido, e relacionamentos e amor, simplesmente tudo. Eu acho que a televisão e os filmes são uma grande parte disso. Eu provavelmente seria muito mais sociável se eu tivesse ido para a escola."
Ele ainda está namorando a atriz Martha Plimpton, que conheceu em A Costa do Mosquito e com quem trabalhou em seu próximo filme O Peso de Um Passado?
Ele se remexe novamente. "Eu realmente tenho problemas ao tentar entender o que significa namoro ou o que quer dizer namorado e namorada."
OK, dito de outra forma: Ele ainda está apaixonado?
Ele abaixa suas pálpebras. "Como você sabe que eu já estive apaixonado por Martha?" Uma pausa. "Nós definitivamente experimentamos o amor juntos. Ainda somos íntimos."
Ele diz que um problema muito maior é o seu relacionamento com homens. "Os caras são difíceis porque eu sou muito livre quanto às minhas emoções e ser honesto e um monte de caras não são assim. Eles têm esse pequeno papel que eles interpretam. Homens têm medo da sensibilidade e são paranóicos sobre toda a coisa sexual e então você recebe um monte disso."
É perguntado o nome da sua música favorita.
"Música favorita?" ele repete. A lista é derramada: "O velho XTC, o velho Squeeze, o velho Police, Split Enz, Tom Waits, (Elvis) Costello, Marvin Gaye, Sam Cooke, Joni Mitchell, a velha Suzanne Vega, um álbum dos Fixx (Reach to the Beach), um monte de jazz, não o sintetizado Flock of Seagulls, Talking Heads."
Comida favorita?
"Tofu".
Bebida favorita?
"Água."
Cor favorita?
"Azul."
Cheiro favorito?
"Pele."
Ele ri facilmente. "Eu pensei que eu estava realmente interessado em meninas com o verdadeiro visual do Médio Oriente, exótico e muito escuro." Ele faz uma pausa. "Eu vejo beleza em muitas coisas. Não é realmente o físico que me atrai. Meu gosto é muito diferente."
Autor preferido?
"Eu amo (Kahlil) Gibran. "O Profeta". "Admirável Mundo Novo" - Eu amo Aldous Huxley. E, claro, Salinger, "Franny and Zooey". Eu amo isso. É como um romance. Agora eu estou lendo um livro que eu deveria ter lido na quarta série, "The Red Badge of Courage".
Ator companheiro favorito seria, sem dúvida, Harrison Ford, que interpretou o pai não convencional de River em A Costa do Mosquito.
"Eu não sabia o que esperar no início. Ele era muito pé no chão, um homem muito lógico, um homem muito inteligente, muito educado. Prático. Ele é resistente. Ele aparenta ser psicologicamente, ele é um homem forte. Uma verdadeira figura de pai. No controle. Muito centrado. "
Ele suspira de novo. O tempo está quase esgotado. Ele queria falar sobre o mundo e a paz e o Anticristo, mas quando faz isso, diz ele, os entrevistadores se aproveitam dele. Eles o retratam como um bobo.
Ele parece tão preocupado. Como um menininho no canto de um playground. A vida é tão grande e complicada e difícil e ele é tão pequeno e especial e de alguma forma separado dos outros.
O que ele quer ser quando crescer?
River Phoenix suspira. "Eu quero ser tudo aquilo que eu evoluir. O agora vai me levar lá."
Fonte: The Houston Chronicles, em março de 1988
River, por outro lado, parecia saber o que ele queria. "Eu era muito ambicioso", lembra ele. Ele começou a tocar guitarra quando tinha 5 anos e muitas vezes se juntou a sua irmã entretendo turistas na Venezuela, em hotéis e aeroportos, para ganhar dinheiro. "Muitas das canções eram religiosas e positivas. Como "You Gotta Be a Baby to Go to Heaven". Era nisso que a gente estava interessado.
Ele se inclina para trás na cadeira, deixando o cabelo cair em seus olhos. "Nós tínhamos visto alguns moradores ricos que tinham um trailler e meu pai disse: 'Quanto é que custa algo assim?" E o cara foi tipo, 'O que você está falando? Você nunca poderia pagá-lo!' E era verdade. Não tínhamos nada de nada. Vivíamos em uma cabana na praia. Ela era infestada de ratos e no teto haviam baratas voando, mas tinha bananeiras lá fora e essa era a minha realidade. Eu não era infeliz, de qualquer modo. Eu estava apenas vivendo.
"Quando criança, eu era muito espiritual. Eu tinha muita fé em Deus. Eu acreditava totalmente. Eu conhecia a Bíblia muito bem. Eu memorizei muitos, muitos, muitos versículos. Isso foi apenas uma fase que passou. Nós não somos mais assim, de qualquer modo. Usamos muito a mesma terminologia, você sabe, em como falar sobre as coisas. Você usa o termo Deus, mas o que é Deus, você sabe? Uma força universal? Um ser universal?"
A família estabeleceu uma meta, diz ele, "através de algum talento que possamos desenvolver, melhorar o mundo, ter uma influência positiva. Pensar globalmente e agir localmente, esse tipo de coisa. Isso tudo ramificou dos anos 60, tentar mudar o mundo, mas não era aquele extremo. Apenas fazer a nossa parte. Nós não queremos somente ser egoístas e ter coisas materiais e ganhar dinheiro. Nós queríamos uma fazenda, onde poderíamos ter nosso próprio jardim, um lugar agradável para crescer."
Do efeito dos Phoenixes sobre os outros, ele diz: "As pessoas nos achavam muito interessantes. Muito puros."
Pela quarta série, River caiu fora da escola. "Eu não tinha tempo, uma vez que eu estava trabalhando, ou energia", diz ele. "Eu sinto falta, mas uma parte de mim sabe que eu realmente poderia ter sido influenciado por ela. Eu tenho muitas qualidades de camaleão. Eu fico muito absorvido em tudo ao meu redor. Eu acho que é o que me ajuda na atuação, sabe, com personagens e estar em uma nova posição."
Seu talento brotou do fato de "ter que se adaptar. De se deslocar de um lugar para outro. Qualquer coisa era possível. Poderíamos estar lá e então, no dia seguinte, poderíamos ser estrelas de cinema! É muito espontâneo. Nós nos mudamos muito freqüentemente." Agora a família está vivendo em uma casa alugada em Gainesville, Flórida, e viaja muito de trailler.
"Eu tive muita diversão", diz ele. "Só que de uma maneira diferente. Eu experimentei dirigir carros e ir a festas. Isso não me atrai."
Quando ele leu o roteiro de Espiões Sem Rosto, ele pensou que era implausível. Mas ele diz que não tinha escolha. "Você está lidando com esses grandes executivos. Eles dizem: 'Isto é o que seria bom para você.' Você diz, 'OK'. Eu poderia ter dito não, mas eu teria sido um idiota total de dizer não. Nesse momento, eu poderia nunca mais trabalhar outra vez."
Ultimamente, ele diz: "Meu padrões mudaram definitivamente. Agora estou mais confiante. Posso dizer que não sinto uma paixão pelo roteiro e é isso." Fala dura. Mas afinal, o cara é um adolescente. E todos os adolescentes têm problemas. E River Phoenix não é exceção.
"Meu maior problema agora é, provavelmente, socialmente, lidando com as pessoas que eu encontro. As pessoas se sentem desconfortáveis. Elas se sentem inferior sem nenhum motivo. Elas ficam pisando em ovos em torno de você."
Às vezes, diz ele, "Eu gostaria de trocar. Seria bom não ter nada. Ser apenas flutuante, sabe?"
Um monte de meninas o consideram atraente, ele suspeita, "porque seria interessante namorar uma celebridade. Eu não sou um idiota. Eu sou uma pessoa legal, então eu posso entender isso. É difícil".
Ele limpa a garganta. "Eu tenho um monte de amigas, mas elas são amigas. Se isso se transformar em algo ... como um namoro, nós vamos ao cinema e sentamos no banco de trás, isso não depende de mim."
Achando o assunto desconfortável, ele se contorce em sua cadeira. "Acho sexo muito distorcido, e relacionamentos e amor, simplesmente tudo. Eu acho que a televisão e os filmes são uma grande parte disso. Eu provavelmente seria muito mais sociável se eu tivesse ido para a escola."
Ele ainda está namorando a atriz Martha Plimpton, que conheceu em A Costa do Mosquito e com quem trabalhou em seu próximo filme O Peso de Um Passado?
Ele se remexe novamente. "Eu realmente tenho problemas ao tentar entender o que significa namoro ou o que quer dizer namorado e namorada."
OK, dito de outra forma: Ele ainda está apaixonado?
Ele abaixa suas pálpebras. "Como você sabe que eu já estive apaixonado por Martha?" Uma pausa. "Nós definitivamente experimentamos o amor juntos. Ainda somos íntimos."
Ele diz que um problema muito maior é o seu relacionamento com homens. "Os caras são difíceis porque eu sou muito livre quanto às minhas emoções e ser honesto e um monte de caras não são assim. Eles têm esse pequeno papel que eles interpretam. Homens têm medo da sensibilidade e são paranóicos sobre toda a coisa sexual e então você recebe um monte disso."
É perguntado o nome da sua música favorita.
"Música favorita?" ele repete. A lista é derramada: "O velho XTC, o velho Squeeze, o velho Police, Split Enz, Tom Waits, (Elvis) Costello, Marvin Gaye, Sam Cooke, Joni Mitchell, a velha Suzanne Vega, um álbum dos Fixx (Reach to the Beach), um monte de jazz, não o sintetizado Flock of Seagulls, Talking Heads."
Comida favorita?
"Tofu".
Bebida favorita?
"Água."
Cor favorita?
"Azul."
Cheiro favorito?
"Pele."
Ele ri facilmente. "Eu pensei que eu estava realmente interessado em meninas com o verdadeiro visual do Médio Oriente, exótico e muito escuro." Ele faz uma pausa. "Eu vejo beleza em muitas coisas. Não é realmente o físico que me atrai. Meu gosto é muito diferente."
Autor preferido?
"Eu amo (Kahlil) Gibran. "O Profeta". "Admirável Mundo Novo" - Eu amo Aldous Huxley. E, claro, Salinger, "Franny and Zooey". Eu amo isso. É como um romance. Agora eu estou lendo um livro que eu deveria ter lido na quarta série, "The Red Badge of Courage".
Ator companheiro favorito seria, sem dúvida, Harrison Ford, que interpretou o pai não convencional de River em A Costa do Mosquito.
"Eu não sabia o que esperar no início. Ele era muito pé no chão, um homem muito lógico, um homem muito inteligente, muito educado. Prático. Ele é resistente. Ele aparenta ser psicologicamente, ele é um homem forte. Uma verdadeira figura de pai. No controle. Muito centrado. "
Ele suspira de novo. O tempo está quase esgotado. Ele queria falar sobre o mundo e a paz e o Anticristo, mas quando faz isso, diz ele, os entrevistadores se aproveitam dele. Eles o retratam como um bobo.
Ele parece tão preocupado. Como um menininho no canto de um playground. A vida é tão grande e complicada e difícil e ele é tão pequeno e especial e de alguma forma separado dos outros.
O que ele quer ser quando crescer?
River Phoenix suspira. "Eu quero ser tudo aquilo que eu evoluir. O agora vai me levar lá."
Fonte: The Houston Chronicles, em março de 1988